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Músicos famosos que sofrem com zumbido

Por causa da rotina que a carreira de músico exige, como shows, passagens de som e contato direto com instrumentos de alta frequência, muitos deles acabam por adquirir problemas auditivos que atrapalham muito em seu dia a dia. O nível de ruído durante uma apresentação musical pode ultrapassar os 120 dB (unidade de medida do som), sendo que o aceitável para o ouvido humano ficar exposto sem sofrer danos é de 85 dB.

Antigamente o Guinness Book (livro dos recordes) tinha uma categoria chamada “banda mais barulhenta”, mas excluiu da lista, pois os músicos colocavam a saúde auditiva em risco para bater o recorde.


Quem são estes músicos

Bob Dylan já dizia em sua canção Call Letter Blues:

“My ears are ringing, ringing like empty shells.”

“Meus ouvidos estão tocando, tocando como conchas vazias.”

Já Bono Vox do U2, diz o seguinte na música Staring at the Sun:

“There’s an insect in your ear. If you scratch it won’t disappear. It’s gonna itch and burn and sting.”

“Há um inseto em seu ouvido. Se você esfregar ele não desaparecerá. Irá coçar e queimar e picar.”

Além de Bob Dylan e Bono Vox, artistas como Eric Clapton, Phill Collins, Sting, Chris Martin, Will.i.am, Ozzy Osbourne e outros artistas da música sofrem deste mal. No Brasil, o cantor Rogério Flausino declarou no documentário da banda, intitulado “20%”, que enfrentou problemas com zumbido.

“Quando se pensa em um cantor logo se associa a voz, o que muitos ainda não têm conhecimento é que uma boa audição é a garantia de um bom retorno da voz”

Katya Freire, especialista em audiologia, doutora em Ciências pela UNIFESP e pioneira na preservação auditiva dos profissionais da música


Como se proteger

Mesmo conscientes dessas consequências e sintomas, muitos músicos e técnicos de som não se protegem, o que pode acarretar no comprometimento da carreira.

Para que os músicos tenham sua audição preservada é necessário o uso de protetores com filtro linear, que permitem a audição do som original atenuado, porém com a mesma qualidade, mantendo o pico de ressonância natural.

Outra opção é o uso do monitor In-ear  (espécie de fones que permite ao usuário ouvir com clareza e definição a mixagem do som num volume desejável e seguro), que deve ser de uso binaural para ter os benefícios adequados.

“Diferentemente do que imaginam, o uso unilateral é um grande risco para a audição. Se o objetivo é escutar a própria voz e/ou os instrumentos, usando o fone dessa maneira existe uma tendência a aumentar o volume do body-pack para se obter uma audibilidade melhor e compensar o ruído externo.

Quando se aumenta o volume, o nível de pressão sonora emitido é muito maior do que num palco aberto, por exemplo. Então, o risco para desenvolver uma perda auditiva é duplicado na orelha aberta pela exposição ao palco com todos os instrumentos tocando juntos e na orelha com o fone, devido ao nível de pressão sonora excessivo”

Katya Freire


Fonte: Paran@shop  


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