Mesmo fazendo uso do aparelho auditivo, muitas pessoas encontram dificuldades de conversar em ambientes com muito ruído. Isso acontece porque os problemas que causam a diminuição da nossa capacidade de ouvir e entender uma conversa, vão além do nosso aparelho auditivo, estão também em nosso cérebro. Como tratamento, pesquisadores descobriram que "audiogames" (jogos que têm como prioridade a audição do jogador) podem treinar o cérebro para "ouvir" melhor, até mesmo em ambientes ruidosos.
A pesquisa foi realizada com 24 participantes de aproximadamente 70 anos de idade com perda auditiva de leve a grave e que usavam aparelho auditivo há 7 anos. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos de treinamento, onde deveriam dedicar 3,5 horas por semana, durante 8 semanas, a jogarem dois tipos de jogos.
Enquanto o primeiro grupo foi convidado a jogar um jogo desenvolvido para melhorar a habilidade do jogador em seguir a fala, o outro grupo (usando um controle "placebo") devia jogar um jogo que desafiava o funcionamento da memória auditiva, sendo que este último não tinha qualquer intenção de melhorar as habilidades dos participantes.
Enquanto os participantes do segundo grupo ("placebo") não apresentaram melhorias em suas habilidades, os participantes do primeiro grupo (que jogaram o audiogame) obtiveram melhorias acentuadas em seu processamento auditivo, eles conseguiram identificar corretamente 25% mais palavras em frases orais ou sequenciais em um ambiente ruidoso. Esses ganhos na inteligibilidade da fala também podem ser observado na precisão com que esses indivíduos jogaram.
Entretanto, os benefícios que o primeiro grupo obteve no processamento auditivo não resistiram à ausência da prática contínua.
O audiogame não melhora a audição dos jogadores, mas sua capacidade de processar e entender a fala durante uma conversa em um ambiente com muito ruído.
"As descobertas mostram que a aprendizagem perceptiva em um audiogame computadorizado pode se transferir para desafios de comunicação do mundo real, já que entender uma conversa em um ambiente ruidoso, não é uma atividade governada estritamente pelos ouvidos, mas também pelo cérebro." Daniel Polley
Fonte: MedicalXpress
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