Por mais que não aparentem ter liação alguma, o paladar e a audição são dois sentidos completamente interligados, portanto a alteração no funcionamento de um, influencia na forma que sentimos o mundo através do outro. Essa ligação é apontada por uma série de pesquisas que estudam a relação entre cirurgias no ouvido e problemas auditivos com alterações no paladar.
Tudo isso ocorre por conta de um nervo chamado "corda do tímpano", ele conecta o ouvido médio com as papilas gustativas. Essas últimas, são responsáveis por identificar os sabores e enviar as informações ao cérebro.
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos examinou as funções gustativas de 163 orelhas de 156 pacientes que sofreram intervenção cirúrgica no ouvido médio. As doenças foram classificadas em não inflamatórias (como perfuração pós-traumática e otosclerose), otite média crônica e colesteatoma.
Os testes foram realizados em três etapas, a primeira foi realizada dois dias antes do procedimento, a segunda duas semanas após e a terceira seis meses mais tarde. Foi constatado que a corda do tímpano é frequentemente danificada durante os procedimentos cirúrgicos na orelha média e que a maioria dos pacientes sofreram alterações no paladar.
Mesmo cientes das alterações no paladar que os pacientes sofriam, os médicos não davam a devida atenção ao problema porque consideravam a melhora da audição mais importante na recuperação do paciente.
Ainda que o dano à corda do tímpano ocorra frequentemente causando alterações no paladar do paciente, este ainda pode recuperar as funções normais do sentido. Porém a recuperação depende muito da idade, sendo mais fácil e rápida em pacientes jovens e adultos do que em idosos, que já apresentam uma redução natural na capacidade gustativa com o passar do tempo.
Outro fator que interferiu nos resultados foi o tipo da doença. Os pacientes identificados com doenças não inflamatórias se recuperaram mais lentamente do que os pacientes com otite crônica e colesteatoma.
Além das cirurgias, as dores no ouvido também podem influenciar no paladar, principalmente em crianças (já que elas estão mais propícias a adquirir infecções). Isso acontece porque a dor de ouvido ou otite média causa inchaço na região e interfere no funcionamento da corda do tímpano.
Um estudo realizado na Austrália constatou que grande parte das crianças que possuíam distúrbios no paladar também apresentavam dores no ouvido. No país, uma a cada dez crianças não possui a capacidade de diferenciar os sabores doces, salgados, amargos ou azedos.
Casos de dor de ouvido associada à perda de paladar podem ser tratados com hormônios, vitaminas, cirurgia e estimulação magnética no cérebro. É importante que o problema seja contornado ainda na infância para evitar que os danos no paladar sejam irreversíveis.
Fonte: Direito de Ouvir
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