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"Pensamento lento", uma barreira na conversação para pessoas com Parkinson

Universidade da Ânglia Oriental - comprometimento cognitivo pode afetar a capacidade de conversação de pessoas com Parkinson mais que problemas físicos na fala – de acordo com pesquisas da Universidade da Ânglia Oriental (UEA) e Universidade de Alberdeen.

Um novo estudo publicado no dia 6 de agosto, é o primeiro a avaliar em que medida a capacidade do paciente de pensar rapidamente forma uma barreira para a comunicação - ao invés de experimentar problemas de fala físicas.

A equipe de investigação descobriu que os problemas físicos na fala são frequentemente inferiores para os pacientes, do que ter capacidade cognitiva para conversar.

A doença de Parkinson é uma doença neurodegenerativa comum que afeta cerca de 1,5 por cento das pessoas com mais de 65 na Europa. A doença foi originalmente caracterizada, em grande parte, pelas condições de suas características motoras, no entanto, uma pesquisa mais recente revelou uma grande variedade de sintomas não-motores, incluindo disfunção cognitiva em mais de um quarto dos pacientes.

A pesquisa foi realizada na Faculdade de Ciências da Saúde da UEA e liderado pelo Dr. Maxwell Barnish, que agora está na Universidade de Aberdeen.

"Cerca de 70 por cento das pessoas com Parkinson têm problemas com a fala e comunicação, que podem realmente afetar sua qualidade de vida.

Os pesquisadores e médicos, no passado, estiveram focados nos problemas físicos que os pacientes encontravam para se comunicar claramente. Mas os próprios pacientes dizem que os problemas são mais complexos e tem maior relação com o comprometimento cognitivo – por exemplo, não ser capaz de pensar rápido o suficiente para manter uma conversa ou não ser capaz de encontrar as palavras certas.

Eles dizem que isso tem o maior impacto sobre a sua capacidade de se comunicar na vida cotidiana.

Queríamos realmente priorizar os problemas que os pacientes enfrentam – e descobrir se é a clareza na fala, ou estas questões mais cognitivas, que têm o maior impacto na comunicação cotidiana."

Dr. Barnish

Os pesquisadores realizaram a primeira revisão sistemática para analisar se são as questões cognitivas ou os problemas físicos na fala que criam as maiores barreiras para a comunicação. Eles vasculharam cerca de 5.000 estudos em busca de dados úteis, e encontraram 12 estudos relevantes envolvendo 222 pacientes.

Eles descobriram que ambos, a condição cognitiva e os problemas físicos na fala, estão associados com os problemas de comunicação diária entre pessoas com mal de Parkinson. No entanto os pacientes que tiveram maiores dificuldades cognitivas, tinham mais problemas de comunicação. E ainda que pacientes com dificuldades físicas na fala também apresentavam problemas de comunicação, este fator foi menos impactante na comunicação cotidiana.

"O que esta pesquisa nos diz que os terapeutas de fala e linguagem precisa avaliar os problemas cognitivos das pessoas com Parkinson bem como seus problemas físicos na fala quando se tenta melhorar a comunicação cotidiana. Pode ser que os pacientes que estão lutando para pensar rapidamente, precisem de diferentes estratégias de comunicação para ajuda-los na vida cotidiana.

Antes de embarcarmos nesta pesquisa, nós ouvimos as necessidades dos pacientes e descobrimos que grande parte da investigação, até a data, não tinha priorizado o que era realmente importante para as pessoas com Parkinson, suas famílias e seus cuidadores.

Devido ao envelhecimento da população mundial, o mal de Parkinson deve ser considerado um grande desafio de saúde no futuro, e se tornará cada vez mais importante priorizar a necessidade dos pacientes em matéria de investigação."

Dr. Katherine Deane, da escola de Ciência da Saúde de UEA

Fonte: http://goo.gl/ykcLJl

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