Estima-se que existam cerca de 200 remédios considerados ototóxicos. Dentre eles, os mais comuns são: antibióticos aminoglicosídeos (especialmente gentamicina streptomicina e neomicina), salicilatos, quinino, agentes antineoplásicos e diuréticos de alça e e drogas usadas em quimioterapias durante o tratamento de câncer, como ciclosfosmida, cisplatina, bleomicina e carboplatina. Sendo que estes, causam perda auditiva permanente.
Medicamentos ototóxicos são aqueles que podem causar dano ao sistema coclear e vestibular.
Perda auditiva causada por antibióticos é comum entre pessoas com doenças renais ou com problemas auditivos anteriores, segundo um site americano, WebMD, responsável em transmitir informação sobre saúde.
Temos uma matéria falando sobre os efeitos da Cisplatina na audição de pessoas com Síndrome de Cockayne.
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Os medicamentos são usados, especialmente, por pessoas idosas que usam, normalmente, mais medicamentos por um período longo de tempo.
As substâncias tóxicas geralmente exercem sua ação predominante na orelha interna, mas podem agir em mais de um local. As áreas mais afetadas costumam ser as células ciliadas da cóclea, o vestíbulo e a estria vascular.
Alguns medicamentos podem resultar em perda auditiva temporária e, uma vez que a medicação é suspensa, a audição pode retornar. Outros medicamentos podem causar danos permanentes no ouvido interno resultando em perda auditiva permanente.
Os medicamentos que podem causar perda auditiva temporária incluem aspirina quando tomada em grandes doses, anti-inflamatórios não esteróideos, ibruprofeno e naproxeno.
AMINOGLICOSÍDEOS – São antibióticos de atividade bactericida, como a estreptomicina (usado no tratamento da tuberculose), a Di-hidroestreptomicina, Neomicina, Kanamicina, Amicacina, Gentamicina.
ERITROMICINA – A eritromicina é um antibiótico da classe dos macrolídeos, cuja ototoxicidadeé rara e resulta em uma perda auditiva neurossensorial bilateral em todas as freqüências. Em muitos casos, a perda pode ser temporária_ para ao redor do terceiro dia após suspensão da medicação. Zumbido é um sintoma que pode estar presente.
VANCOMICINA – É um antibiótico usado no tratamento de infecções por S. aureus metilcilino resistente e colite pseudomembranosa. A ototoxicidade ocorre quando medicado por via parenteral, já que seu uso via oral não apresenta absorção significativa. Hoje, acredita-se que a vancomicina potencializa o efeito dos aminoglicosídeos.
DIURÉTICOS DE ALÇA – O representante desse grupo mais freqüentemente utilizado em nosso meio é o furosemide,um remédio de excreção renal.. A incidência de ototoxicidade em pacientes recebendo furosemide é de 6,4%.A perda auditiva costuma ser transitória e totalmente reversível.
SALICILATOS –O ácido acetil salicílico é uma das medicações mais utilizadas na prática clínica. Sua ototoxicidade é limitada à cóclea e se manifesta como perda auditiva neurossensorial bilateral, simétrica, em todas as freqüências e zumbido. A perda é proporcional ao nível sérico da droga e pode ser leve a moderada (entre 20- 40 decibéis). Na maioria dos casos, a reversão completa ocorre entre 2 a 3 dias após suspensão da droga.
Antes do tratamento, é importante fazer exames audiológicos para detectar possíveis lesões que podem ser afetadas por esses remédios. Se durante o tratamento você perceber algum tipo de redução na capacidade auditiva ou sentir dores ou incômodo no ouvido, fale com o seu médico ou procure um otorrinolaringologista. Ele poderá identificar se houve algum dano à capacidade auditiva e suspender – ou até mesmo manter – o uso do remédio ototóxixo.
Fonte: http://www.direitodeouvir.com.br/medicamentos-ototoxicos-podem-causar-problemas-auditivos-2/
http://deficienciaauditiva.com.br/medicamentos-ototoxicos-podem-causar-perda-auditiva/
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