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Exercícios também são bons para a audição

Todos sabem que exercícios físicos podem ajudar a te manter esbelto e é bom para a saúde do coração, mas pesquisadores da Universidade da Flórida descobriram que exercícios físicos também podem ajudar a prevenir a perda auditiva relacionada a idade. Pelo menos em ratinhos

Os pesquisadores descobriram que o ratinho sedentário perdeu importantes estruturas do sistema auditivo - células ciliadas e capilares estriados – em uma taxa muito mais elevada do que os ratinhos que se exercitavam. Isso resultou em cerca de 20 por cento de perda auditiva em ratos sedentários comparados à uma perda de audição de 5 por cento em ratos fisicamente ativos.

A perda auditiva relacionada à idade afeta cerca de 70% dos adultos com 70 anos ou mais, e ocorre quando as pessoas perdem as células ciliadas, os capilares estriados e o gânglio espiral no sistema coclear da orelha. As células ciliadas sentem o som, os capilares estriados alimentam o sistema auditivo com oxigênio e gânglio espiral são um grupo de células nervosas que enviam som da cóclea para o cérebro. Disse Shinichi Someya, Ph.D., um professor associado na UF Faculdade de Medicina do departamento de envelhecimento e pesquisa geriátrica.

"A cóclea, ou ouvido interno, é um órgão exigente de alta energia. O sistema auditivo está sempre ligado e sempre processando som. Para processar o som, ele precisa de uma enorme quantidade de moléculas de energia."

Dr. Shinichi Someya

O sistema precisa ser bem alimentado com oxigênio, entregue à orelha interna por capilares striados, para gerar essas moléculas de energia. Para testar como o exercício afeta a perda de capilares estriados, células ciliadas e neurônios, Someya e seus colegas pesquisadores separaram ratos em dois grupos: ratos que tinham acesso a uma roda de corrida e ratos que não tinham esse acesso. Os ratos também foram alojados individualmente para que os pesquisadores pudessem acompanhar o quão longe os ratos correram em suas rodas.

O regime de exercício para os ratinhos atingiu o pico quando os animais tinham 6 meses de idade, ou cerca de 25 em anos humanos. Como os ratos envelhecidos - a 24 meses, ou 60 anos humanos - seus níveis de exercício diminuíram. No pico, os ratos estavam correndo cerca de 7,6 milhas por dia, mas no mais baixo, os ratos ainda estavam correndo cerca de 2,5 milhas por dia. Os pesquisadores então compararam o grupo de ratos que se exercitaram com o grupo que não pode se exercitar.

Os pesquisadores acreditam que a inflamação relacionada à idade prejudica os capilares e as células, porém o exercício proporciona proteção contra esse tipo de inflamação. Em outra parte do estudo, os pesquisadores compararam a inflamação nos corpos dos ratos sedentários com a inflamação no grupo de exercícios. Os ratos corredores foram capazes de manter a maioria dos marcadores de inflamação para cerca de metade do grupo sedentário, o que pode ajudar a preservar os capilares e células ciliadas envolvidas na audição.

Embora estudos epidemiológicos tenham mostrado uma ligação entre sensibilidade auditiva e exercício, esta é a primeira pesquisa a mostrar que o exercício regular pode prevenir a perda auditiva relacionada à idade em ratos. A pesquisa também se traduz bem para os seres humanos, disse Someya. Christiaan Leeuwenburgh, Ph.D., co-autor do estudo, professor e vice-presidente de pesquisa do Instituto sobre o Envelhecimento, disse que os Institutos Nacionais de Saúde estão actualmente tomando uma iniciativa para descobrir outras moléculas que podem ser libertadas pelos exercícios que preservem a função biológica em seres humanos.