Até pouco tempo atrás o implante coclear não era indicado a pacientes com perda auditiva pós-lingual unilateral de grau severo a profundo, sendo disponibilizada apenas para indivíduos que apresentavam perda profunda bilateral. Porém nos últimos cinco anos a literatura tem apontado cada vez mais os benefícios fornecidos pelo implante coclear aos pacientes que apresentam perda auditiva unilateral.
A grande vantagem do implante coclear é que ele torna funcional a orelha acometida, possibilitando que o paciente se beneficie da binauralidade, oferecendo chances de melhor desempenho em termos de localização sonora e compreensão da fala no ruído.
Pacientes com perda unilateral tratados com implante coclear foram descritos pela primeira vez em 2008, por Van de Hayning et al.. Porém o objetivo principal dos autores não era reabilitar casos de surdez unilateral, mas aliviar indivíduos com zumbido intratável.
Além da diminuição do zumbido, o estudo evidenciou aprimoramentos nas habilidades de localização sonora e de compreensão de fala no ruído, abrindo caminho para outras investigações.
Os pacientes com perda unilateral profunda passaram a ser considerados como potenciais candidatos ao implante coclear com base nos estudos de Arndt et al. (2011), e Arnolder et al. (2013).
A literatura aponta que os tratamentos tradicionalmente indicados para indivíduos com perda unilateral de grau profundo como os sistemas de Contralateral Routing Of Signal (CROS) e as próteses auditivas ancoradas no osso(PAAO), podem sofrer uma baixa aceitação em razão de benefícios limitados e outros fatores como estigma social e oclusão da boa orelha.
A principal desvantagem é que tanto os sistemas CROS quanto as PAAO não resgatam a via auditiva não funcional. Portanto não permitem que o paciente possa ter de volta as vantagens da binauralidade.
Ainda não há consenso se a eficácia do implante coclear é suficiente para torna-lo um tratamento padrão na surdez unilateral devido a qualidade insuficiente dos da maioria dos estudos desenvolvidos até agora, e que sofrem, por exemplo, com um número reduzidos de indivíduos compondo suas amostras. Mas, novas pesquisas com uma amostragem maior de pacientes estão surgindo.
Arndt et al. (2017) avaliaram 85 indivíduos (45 pacientes com perda unilateral severa a profunda e 40 com perdas assimétricas), implantados a partir de 2008. Pela primeira vez, foi comparada a performance desses pacientes com sistemas CROS e condução óssea por softband, antes da cirurgia, com os resultados obtidos com o implante coclear. O trabalho evidenciou que, nos dois grupos – perdas unilaterais e perdas assimétricas -, o desempenho para a compreensão de fala com implante coclear superava aquele com sistema CROS e condução óssea.
Paralelamente, não foi evidenciada diferença significativa entre os resultados obtidos com o sistema CROS e a condução óssea.
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